terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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O pequeno coração estava escondido à muito, muito tempo...


Estava tão escondido, tão encolhido, tão resguardado, que se tinha esquecido de que cor era o sol...


Há muito tempo atrás o pequeno coração passava os dias ao sol... Deixando-se inebriar pelo seu calor... Ofuscado pelas suas cores... O coração amava o sol... Pulsava todos os dias para o sol...




Mas um dia uma nuvem desceu sobre o coração... A nuvem não estava provida de maus sentimentos... Mas tapava o sol... O sol que o pequeno coração amava, desapareceu... Por trás da nuvem... Tirando-lhe todas as razões para viver...


Passaram dias, anos, eternidades de tempos idos, que não voltariam... A Terra continuou a girar... Os relógios não pararam... O ciclo da vida continou, mas o coração estagnou.. Escondido num pequeno, inóspito buraco, o coração estagnou... Fechou-se, trancou-se, perdeu-se na melancolia dos dias passados e não vividos...


O coração esqueceu-se de viver, foi mirrando, desaparecendo, deixando-se levar pela letargia.. Coitado do coração...


Até que um dia, um raio de sol maroto conseguiu furar, tocar o coração, acaricia-lo com o seu calor... O coração de inicio não sabia o que se passava, que estranho calor era aquele que o envolvia, que o reconfortava, que o chamava... Que cores brilhantes, vibrantes eram aquelas? Mas deixou-se levar... Não teve forças para resistir... Sentiu-se flutuar... Sentiu-se acompanhado... Sentiu-se vivo...


O pequeno raio de sol salvou o coração... Tirou-o da amargura... Deu-lhe uma razão para voltar a pulsar... Devolveu-lhe o amor pelo sol...